Corinthians volta a lavar a alma do torcedor em um jogo após um ano e meio
Opinião de Tomás Rosolino
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O Corinthians voltou a dar ao torcedor ao menos um jogo para se orgulhar plenamente da equipe. Não apenas aquela sensação de que todo mundo correu, apesar do resultado ruim, ou o resultado bom que não teve grande desempenho. Depois de um ano e meio, todo e qualquer torcedor terminou o jogo em êxtase no domingo.
A última vez em que acredito que todo e qualquer corinthiano terminou o jogo com orgulho pleno e de alma lavada foi na disputa de pênaltis contra o Boca Juniors, nas oitavas da Libertadores do ano passado. Totalmente remendado, com um time que não somaria dez pontos no Brasileiro, o Timão "copou" o alçapão mais temido do continente. Uma noite histórica. Ontem, em Porto Alegre, uma tarde maiúscula para quem a viveu, ainda que minúscula no recorte de toda a temporada.
Obviamente isso não pode se misturar com a avaliação do ano, a reformulação necessária de um elenco mal montado e que faz uma péssima temporada. Nem se fizesse 7 a 0 na Arena do Grêmio isso ia mudar. Mas a Fiel merecia ao menos aqueles momentos de alegria e representatividade que sucederam a grande vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio.
Considerei uma boa atuação geral do time, até mesmo quem entrou não baixou tanto o nível de quem saiu - exceção, claro, a Bruno Méndez. Caetano fez talvez seu melhor jogo pelo Corinthians, Bidu colocou a atuação lado a lado à que teve diante do Atlético-MG, na Copa do Brasil.
Mais uma vez prejudicado pela arbitragem - fato normalmente ignorado pela crítica teoricamente imparcial -, Corinthians teve um espírito de luta e uma organização digna de um time concentrado. Tivesse atuado com esse foco e, talvez, com esse treinador por mais tempo, certamente poderia ser agora um dos vários times médios que rondam a vaga na Libertadores.
Romero, com um posicionamento excelente e um chute errado, como numa história tão Romero que não dá para pedir qualquer mudança, vai fechando o ano como o atleta identificado e sério que sempre foi. Não se destaca em praticamente nenhuma valência de um atacante - técnica e física -, mas consegue ser o décimo artilheiro do time mais vitorioso deste século. Algo de bom ele faz.
Já pedi aqui neste espaço e volto a repetir: Lucas Veríssimo e Maycon têm que ser contratados pelo Corinthians para o ano que vem. É obrigação de uma diretoria que pense em algum sucesso em 2024. Fausto e Yuri Alberto testam minha fé a cada jogo, mas ainda mantenho que precisam ser usados como referência na próxima temporada.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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