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Félix Rodrigues de Lima


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Posts e comentários do Félix

Última interação no site em 07/05/2024 às 21h46

  • Félix

    Félix postou em Bate-Papo da Torcida, no tópico "Análise tática Corinthians x Nacional Asunción - Ganhamos, mas não evoluímos"

    há 1 semana

    Muitas análises que tenho ouvido desse jogo falam de um Corinthians que deveu futebol apesar da vitória. Mas os adjetivos usados foram “ruim”, “péssimo” “futebol fraco”. Já vi jogos realmente péssimos, horríveis mesmo, mas para usar esse adjetivo tem que saber como justificar. Esse ano mesmo eu fiz análise tática aqui no Meu Timão de um jogo aonde o Matheus França, lateral que fez o gol hoje, recebeu poucas bolas do elenco e teve a oportunidade de passar pouco, nunca vi isso em um lateral. Me lembro de um jogo aonde o Corinthians ficou só na defesa - e só o Cássio passou a bola quase 20 vezes, sendo o terceiro ou quarto passador. Também me lembro de um Corinthians todo no ataque, teve mais posse de bola disparado mas finalizou apenas duas vezes.

    Se eu fosse descrever esse jogo em uma palavra, eu diria que foi “previsível”. E quem já viu minhas análises em outras ocasiões sabe o que eu quero dizer…e confesso que não esperava isso do António Oliveira, pois o futebol mostrado nesse jogo foi influência direta dele. Com olhos analíticos, vamos entender esse jogo com detalhes - e aí vocês verão o quão previsível o Corinthians foi.

    PRIMEIRO TEMPO

    O Corinthians veio com uma escalação bastante curiosa, prometendo ser ofensiva ao colocar Paulinho, Guilherme Biro e mantendo Gustavo Silva na ponta direita e Ángel Romero como falso 9. O jogo começou com o Nacional Asunción fazendo forte marcação alta, mas o Corinthians se soltava aos poucos - e assim ficou visto que o Corinthians jogava num 3-4-3 em ataque e defensivamente num 3-4-3 para marcação média ou num 4-5-1 sob marcação baixa.

    Chamou a atenção que Guilherme Biro trocava constantemente de posição com Breno Bidon, jogando pelos dois lados visando apoio dos laterais, pontas e o Paulinho, o que funciona pelo forte refinamento e mobilidade de Biro, lembrando muito o Douglas no seu auge, com a diferença que o Douglas era meia-atacante camisa 10 e ameaçava muito a Zona 14, sendo que o Biro é um meia-de-criação estilo camisa 8. Outro detalhe é a forte recomposição defensiva dele: ele começou na base como lateral esquerdo e se destacou pelos gols e assistências como lateral, por isso a boa cobertura defensiva.

    O contra-ataque do Nacional aos 22 minutos que quase resultou no gol deles me irritou por um detalhe absurdo: o último homem na defesa era o…Hugo! Havia notado que o elenco, como sempre, priorizava o Fagner para atacar e deixava o Hugo mais recuado…mas esse ataque do Nacional escancarou isso de forma absurda, pois ao menos um ponta do lado oposto ou um meia poderia ter recuado!

    A partir dos 30 o Corinthians procurou manter um 2-3-5 em ataque, mas os jogadores não se aproximavam entre si como deveriam, e isso impedia o passe final no ataque. Acabava dependendo de um lance individual de Gustavo Silva ou Wesley.

    Notem a diferença do posicionamento do Fagner em relação ao Hugo. Enquanto o Fagner ia mais ao ataque, Hugo ficava muito mais na defesa como descrito antes. Essa previsibilidade em cima do Fagner foi uma das coisas que minou nossa ofensividade.

    Além disso, o mapa de posicionamento médio ilustra muito bem o isolamento dos volantes e Guilherme Biro - e asseguro que esse isolamento piorou muito no segundo tempo. Um 4-3-3 com o meio campo fechado só funciona se o time atacar mais por dentro e com enfiadas inteligentes, era assim que a Itália de Pirlo jogava. Mas o que vimos foi totalmente o contrário, como verão à seguir.

    SEGUNDO TEMPO

    O segundo tempo começou com o Nacional sendo mais ofensivo, botando o Corinthians para trás. Começamos a mostrar instabilidade na saída de bola, e eles aproveitaram isso para atacar várias vezes com perigo. Então entrou Gustavo Silva e Matheuzinho para sair Guilherme Biro - que jogou bem - e Yuri Alberto.

    É a segunda partida em que vejo António tira um meia ou ponta para colocar um lateral, supondo que o Corinthians não conseguia finalizar por falta de ataque em profundidade com qualidade. Mas o problema era outro: o objetivo do Corinthians deveria deveria ser atacar pelo centro com compactação entre os jogadores, e não jogar em profundidade com os jogadores afastados. E num time que fazia um 4-3-3 com o meio-campo fechado alternando para um 3-4-3, isso tinha que ser feito ainda mais com um adversário tão débil na marcação central.

    Mas aí o Corinthians faria um gol do Yuri Alberto, e realmente foi numa jogada em profundidade, porém com falha defensiva adversária. Depois disso o jogo foi lá e cá - e muito da vitória se deve ao Carlos Miguel que fazia um milagre atrás do outro. Aos 83 minutos entrou Gustavo Henrique para ajudar na defesa, o que indicava que o Corinthians jogaria recuado o resto do jogo, explorando um contra-ataque. No final Romero teria um gol anulado, mas logo depois Matheus França fez o segundo gol justamente numa jogada pelo centro como falado antes, mas infelizmente ele machucou o pé no final

    Notem a discrepância da finalização do Nacional com o Corinthians. Isso mostra o quanto a falha estratégica quase nos custou caro, pois foi dos erros de passe e a estratégia falha que ocasionou os ataques do Nacional. Se não fosse o Carlos Miguel, teríamos sido goleados.

    CONCLUSÃO

    O jogo não me agradou porque senti que estava vendo aquele Corinthians de anos atrás, extremamente burocrático que só sabia atacar em profundidade e não pelo centro, e nesse caso não foi birra interna mas sim do próprio treinador. Foram várias as vezes em que o Nacional abria brechas pelo meio mas o Corinthians não explorou isso. Havia a aproximação entre Biro e os volantes mas essa mesma aproximação não havia entre os pontas e laterais - e dependia disso para o ataque sair bem.

    Foi um demérito tático em cima do Guilherme Biro que não era necessário, pois dependíamos dele para jogarmos bem. Era para ter sido mais uma goleada, não fosse isso. O próximo jogo será contra o Flamengo, que apesar de não estar necessariamente na sua melhor fase, ainda é um time perigoso principalmente jogando em casa, só que gosta de jogar muito em profundidade e pela esquerda. Preferia o Matheus França para esse jogo ao invés do Fagner mas ele se machucou, receio que sofreremos muito com a permanência de Fagner na titularidade. Talvez inclusive seja um jogo para o Fausto Vera, pois um dos pontos fracos do Flamengo é o chute de longa distância.

    Resta saber qual será o Corinthians que veremos contra o Flamengo: assertivo e dinâmico ou previsível como futebol que vimos hoje e que lembra o jogado nos últimos anos.

    VAI, CORINTHIANS!

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  • Félix

    Félix postou em Bate-Papo da Torcida, no tópico "Análise tática jogo Red Bull x Corinthians - tentaram queimar jogadores sem necessidade"

    há 4 semanas

    Há anos que uso o termo “desonestidade coletiva” para facilitar o entendimento do torcedor em entender o segregacionismo praticado por parte do elenco para desmerecer um ou outro jogador específico. E boa parte das minhas análises são baseadas nisso: se um time perde ou empata, é a primeira coisa que eu busco saber, pois bons elencos são formados por grupos unidos, e quando isso não acontece há problemas que podem se revelar graves a partir do momento em que começamos a perder ou empatar muitos jogos. E isso aconteceu hoje, da forma mais bizarra possível. Com olhos analíticos, vamos observar os dados desse jogo, para que possamos entender esses erros com profundidade visando cobrar o que deve ser cobrado nos próximos jogos, principalmente o próximo na Sul-Americana.

    PRIMEIRO TEMPO

    Os primeiros minutos foram de um Corinthians bastante incisivo no ataque, mas Red Bull também viria para cima, marcando um gol logo no primeiro lance deles, não sendo falha de ninguém, simplesmente foi uma boa jogada construída sob uma inversão de lado. Após o gol o Corinthians sentiu e resolveu botar o time todo na defesa na esperança de um contra-ataque, enquanto o RB Bragantino girava a bola ofensivamente.

    Mas após o Corinthians tomar outro susto quase aos 15 minutos, o time tentou se soltar e ir mais ao ataque, mas ainda assim o Red Bull conseguia atacar sob pressão e por um bom tempo o jogo ficou sob ataque lá e cá, porém mais deles do que nosso. E não dá pra definir melhor o primeiro tempo do que isso, mostrando o quanto o Corinthians foi lamentavelmente inoperante.


    O que me assustava até aqui era a passividade inexplicável do Corinthians, como mostra esse mapa de posicionamento médio. O time foi armado com dois meias-atacantes centrais e mais o Fausto Vera para ser ofensivo e fazer marcação alta, mas o que vimos foi um domínio do adversário sem com que conseguíssemos fazer uma transição decente. Verdade que o Red Bull fazia uma excelente marcação alta num 2-4-4, mas para uma boa saída de bola é necessário passes rápidos e aproximação dos jogadores, coisa que não era feita - e isso porque os jogadores de defesa estavam muito afastados entre si, como vocês vêem no mapa.


    Agora olhem esse gráfico de passes…até aí vocês podem pensar: ok, o Corinthians até distribuiu mais a bola entre os jogadores, verdade que deveria ser bem mais passes mas pelo menos está sendo mais distribuído…mas há um detalhe muito anormal: olhem só os passes que Matheuzinho teve a oportunidade de receber! Ridiculamente pouco para um lateral! Nunca vi isso em toda a minha vida! Ele teve menos oportunidade de passar a bola do que o Cássio e o Coronado, outro que sofreu segregação sem motivo! Detalhe: Matheuzinho tocou 30 vezes na bola e errou apenas 4 passes de 10, interceptou uma bola, desarmou duas e não sofreu nenhum drible. Foi uma das piores desonestidade coletiva que vi em toda a minha vida! Já vi meias e pontas serem segregados pelo coletivo sem motivo, mas um lateral é a primeira vez!

    Esse mapa inclusive explica o jogo ruim do Raul Gustavo: o coitado estava tão isolado que acabava errando passes por falta de opção, visto que o time do Red Bull percebeu a estratégia sem sentido do nosso time e cercava os nossos jogadores para passar a bola, sabendo que eles não se movimentaram para receber melhor os passes.

    Esse mapa de passes mostra o quanto o Corinthians foi inoperante, passando bem mais bolas pelo lado esquerdo do que no direito…e como vocês viram no mapa de posicionamento médio, foi devido a uma defesa muito espaçada sob marcação alta, além de passes para um lado só, que impediu o time de jogar.


    E esse mapa de perda de posse de bola é muito revelador. Se vocês acham que Matheuzinho perdeu mais vezes a bola só porque saiu ataques pelo lado dele, estão muito enganados…quem perdeu mais vezes a bola no primeiro tempo foi Coronado e Pedro Raul com 4 vezes cada, e naquele lado direito quem pediu a bola foi justamente eles dois.

    SEGUNDO TEMPO

    Pelo visto o António Oliveira viu tudo o que foi dito antes e deu uma bronca terrível no elenco, pois no segundo tempo o primeiro lance tentado pelo Corinthians foi alçar a bola em ataque para um Matheuzinho isolado que não conseguiu avançar devido a falta de opções. Um minuto depois, ele seria acionado mas não conseguiria um bom cruzamento, porém pelo menos ele estava sendo acionado como deveria. Aos 3 minutos o Corinthians tentou atacar pelo outro lado e o atacante ficaria na cara do gol mas o goleiro Cleiton se adiantou e conseguiu interceptar a bola com muito risco. Aos 5 minutos, houve uma inversão da esquerda para a direita ao Coronado, que cruzou com muito perigo, e um minuto depois até Félix Torres iria ao ataque, cruzando com algum perigo.

    António Oliveira estava com a intenção de colocar Yuri Alberto e Romero, mas ele segurou. E aos 9 minutos, após uma roubada de bola, o Corinthians faz uma jogada bem trabalhada e toca para Fausto Vera no meio, que manda uma bomba enorme - característica muito marcante de Vera, ele chuta muito bem de fora da área - para a grande defesa do goleiro, e na sobra foi cruzado para Matheuzinho, mas infelizmente caiu no pé ruim dele e a posição dele também não era lá muito boa. Daí mostra o quanto Matheuzinho, negligenciado no primeiro tempo, e Fausto Vera finalmente começaram a aparecer como deveriam.

    Aos 12 minutos, Romero entra no lugar de Igor Coronado. Isso liberaria ainda mais Fausto Vera e Garro, além de Ranielle. E então aos 16 minutos Garro faz um excelente lançamento para Pedro Henrique, que faria um gol, porém impedido por muito pouco.

    A mudança de atitude, valorizando os jogadores certos sem deixar ninguém ser desvalorizado por receber pouca bola, impactou e muito a ofensividade do time. Aos 22 o Red Bull tentaria um contra-ataque com 5 jogadores mas Ranielle foi bem demais e desarmou muito bem.

    Yuri Alberto e Wesley finalmente viriam aos 23 do segundo tempo, surpreendentemente tirando o lateral Hugo, e pelo visto iria num 2-3-5 em ataque com Ranielle fazendo o papel de líbero. E no primeiro lance, num escanteio, Wesley finaliza perigosamente para o gol, fazendo o goleiro se esticar no limite.

    O técnico do Red Bull sentiu a mudança do time e colocou mais um zagueiro. Mas o Corinthians continuava incisivo no ataque, explorando bem seus jogadores, embora talvez devessem se aproximar um pouco mais para receber as bolas.

    Aí Paulinho e Breno Bidon entraram no Corinthians, e aí o time seria muito mais ofensivo, com os jogadores realmente se aproximando para receber a bola da forma como deveria. Aos 48, Félix Torres literalmente estava como meia-de-criação na frente para tentar criar jogadas e Raul Gustavo estava como lateral - ele faz essa função também, mas ele estava muito desgastado devido ao caos do primeiro tempo. Depois Paulinho receberia boa bola na área mas não conseguiria finalizar. No finalzinho, Wesley quase faz um golaço de cobertura.

    CONCLUSÃO


    O primeiro tempo foi um caos defensivo sob segregação do Matheuzinho sem necessidade, permitindo a marcação alta, mas no segundo tempo, com a valorização dele e de Fausto Vera o Corinthians mudou totalmente de atitude - e é esse Corinthians que queremos ver: incisivo, dinâmico e valorizando seus jogadores. Mas para que isso possa acontecer, não podemos repetir erros do passado, ainda mais de forma bizonha como o que aconteceu hoje. Esperamos que no próximo jogo na Sul-Americana seja visto um time mais ativo e inteligente…pois temos todas as condições para isso, mas a pior coisa que pode acontecer é parte do elenco “tirar o seu da reta” para desprestigiar um ou outro jogador.

    Tenho como projeto fazer análises de alguns jogos da Europa para trazer dados bem específicos de grandes times, para provar que eles são grandes não porque possuem grandes jogadores, mas porque o coletivo funciona, não há demérito de um ou outro a não ser em casos muito isolados de culturas injustificáveis. Com isso, será provado o quanto o futebol brasileiro ficou para trás - e é preciso que não só o Corinthians, como também outros clubes percebam isso para que tenhamos uma safra de jogadores que não sejam só habilidosos e técnicos, mas também com representatividade social. Até porque andamos ouvindo acontecimentos internos que tem desagradado muita gente…e não precisamos isso no futebol de hoje.

    VAI, CORINTHIANS!

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  • Félix

    Félix postou em Bate-Papo da Torcida, no tópico "Análise tática do jogo Juventude x Corinthians - decepção com Cássio, e ataque ficou devendo"

    há 4 semanas

    Foram tantos erros que é difícil classificar. Mas pra mim o menos pior foram as finalizações de Yuri e Romero: em primeiro coloco a falha estratégica do Lazaroni, e em segundo a falha bizonha do Cássio. Foi um Corinthians não só irreconhecível, como também destoante com a estratégia do António. Com olhos analíticos, vamos analisar cada uma dessas falhas, para direcionarmos nossas críticas nas pessoas certas.

    PRIMEIRO TEMPO

    O Corinthians jogava num 3-5-2 alternando para um 3-4-3 ou 4-3-3 com os meias fortemente fixos no meio. Os primeiros 10 minutos foram de um Corinthians pressionando muito e atacando muito. Nesse tempo o Corinthians deu 4 chutes a gol, 3 a gol e 1 bloqueado, sendo 2 de fora da área. Juventude procurava usar de contra-ataque, mas com pouca efetividade.

    A partir dos 20 minutos, o Juventude começou a aparecer mais, mas ainda com pouca efetividade. Mas Nenê estava muito isolado, os jogadores do Juventude estavam muito afastados entre si. A única saída deles era tentar acelerar os passes, mas isso não era feito. Com isso o Corinthians facilmente interceptava esses passes e retomava o jogo. A melhor chance do Juventude foi um ataque pela direita com toque rasteiro no meio aos 28 minutos, mas os zagueiros facilmente desarmaram o atacante.

    O jogador mais incisivo em campo sem dúvida foi Igor Coronado. Extremamente refinado, podemos dizer que ele é uma mistura de Paulinho com Renato Augusto e Douglas: rápido, armador, finalizador e infiltrador. Foram dele que os ataques fluíam com mais perigo, e com forte poderio ofensivo.

    O problema da efetividade do Corinthians em ataque se devia ao fato de Garro estar jogando muito atrás pra tentar criar da, sendo que ele é um meia-atacante camisa 10 igual Coronado. Ele não é um Cantillo, que é um volante regista que faz justamente isso - e que por sinal fui muito contra a saída dele por fazer falta um regista no futebol atual - mas Fausto Vera pode fazer a função. Se Lazaroni queria isso como estratégia, deveria ter escalado Fausto e não Garro.

    SEGUNDO TEMPO

    No segundo tempo, Lazaroni sacrificou Wesley, que realmente foi muito bem no primeiro tempo, para entrar Maycon. Com isso liberou Garro e Coronado para irem ao ataque. E logo nos primeiros minutos houve dois lances perigosos, uma delas na qual Yuri não aproveitou bem.

    E então Jean Carlos me faz um golaço de longe. Talvez desse pra defender se o Cássio tivesse bem posicionado, mas foi um chute muito bem realizado.

    Após o gol, o Corinthians continuou jogando com alguma intensidade. Lazaroni mexe novamente, colocando Gustavo Silva e Pedro Raul nos lugares de Yuri Alberto - que infelizmente não jogou bem - e Romero.

    Mas aí o Cássio me faz uma lambança gigantesca ao tocar curto para Félix Torres, mas sendo interceptado pelo autor do primeiro gol, que tocou para Lucas Barbosa sozinho na área.

    Só aos 20 minutos é Lazaroni coloca Fausto Vera no lugar de Ranielle, e aí sim o Corinthians mudou de atitude, uma vez que Vera entraria com mais liberdade pelo centro sendo muito incisivo em ataque. Mas de pouco adiantou porque o time caiu demais de rendimento, e pelo visto Lazaroni colocou Gustavo apenas de figurante porque ele foi pouquíssimo acionado pelo coletivo. Foi só quando Paulinho entrou em campo que deu uma melhorada no time, mas não o suficiente pra bater de frente com o Juventude, que passou até a fazer marcação alta.

    O Corinthians chegava ao ataque…mas era cada finalização em direção ao Caxias que até assustava! No final o Corinthians até ensaiou ataques num 4-5-1 dos mais confusos e com pouca efetividade, até o fim do jogo.

    Apesar do jogo ruim, é digno de nota que o Corinthians buscou mais passes para a frente. Faz alguns anos que o Corinthians tocava bem mais pra trás e para um lado específico do que pra frente, para privilegiar um jogador específico. Agora a mesma quantidade de passes para a esquerda foi pra direita, e teve muitos passes para a frente. Esse é um ponto positivo que deve continuar.

    O que assusta é a quantidade de chutes para fora: 11 vezes, e apenas 2 chutes a gol. 10 chutes foram na área do pênalti.

    CONCLUSÃO


    Ouso dizer que Lazaroni falhou na estratégia de recuar Garro. Pois apesar das falhas do Yuri e Romero, muito do jogo foi decidido pelo recuo do Garro. Por isso a derrota é mais devido a Lazaroni do que ao resto do time.

    No jogo contra o Atlético enfrentamos um adversário de igual pra igual, mas neste jogo enfrentamos um adversário falho tecnicamente cujos gols saíram em lances específicos, uma delas de uma pataquada incrível. Tudo isso somado a uma falta estratégia do treinador sem lógica, do nível de Vanderlei Luxemburgo. Naturalmente que temos que desenvolver as finalizações que estamos devendo, mas não é possível deixar de passar uma falha de posicionamento tão grande como o que foi visto nesse jogo com Garro, gerando um demérito sem necessidade. Certamente António brigará muito com o time…e é bom que o Cássio escute quieto, pois ele está devendo muito mais do que ajudando.

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  • Félix

    Félix comentou na notícia: "Santos confirma negativa do Corinthians para final do Paulistão na Neo Química Arena"

    há 2 meses

    Ceder em jogos normais sim, mas em uma decisão não. Não podemos segregar o estádio pra rival porque podemos precisar do estádio deles um dia, mas em uma decisão claramente não é de bom senso.
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  • Félix

    Félix postou em Bate-Papo da Torcida, no tópico "Análise tática Corinthians x Santo André - equilíbrio e inteligência tática definiram o jogo"

    há 2 meses

    Valeu! Tem o Footstats e o SofaScore...há também o Wyscout que é pago?

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  • Félix

    Félix postou em Bate-Papo da Torcida, no tópico "Análise tática Corinthians x Santo André - equilíbrio e inteligência tática definiram o jogo"

    há 2 meses

    Há o Footstats e o SofaScore que são gratuitos, existe o Wyscout também mas é pago 😁

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  • Félix

    Félix postou em Bate-Papo da Torcida, no tópico "Análise tática Corinthians x Santo André - equilíbrio e inteligência tática definiram o jogo"

    há 2 meses

    Só mesmo um torcedor pessimista e negacionista para ignorar a evidente evolução atual. Digo isso porque tenho a certeza absoluta que, ainda que termos sido eliminados do Paulistão, se o jogo terminasse empatado, as críticas seriam direcionadas em quem não devia...e embora nos últimos anos tenha havido críticas corretas em quem merecia, houve também dissabores em cima de indivíduos em campo que sequer tinham culpa da má fase. E mesmo nesse jogo, houve algumas vozes imperceptíveis analiticamente contra quem não merecia.

    Considero esse jogo como uma aula de como é determinante uma boa marcação média, coisa que vimos muito no segundo tempo em ambas as equipes. É sobre isso que boa parte da minha análise será feita. Com olhos analíticos, vamos analisar a partida, objetivando entender a profundidade tática de ambos os técnicos em momentos cruciais do jogo.

    PRIMEIRO TEMPO

    O Corinthians, ao contrário do que anunciavam, jogou num 3-4-3 em ataque com os laterais de alas, mantendo Félix Torres ou Gustavo Henrique fixos na defesa e os outros dois defensores jogando mais adiantado. Durante os primeiros 10 minutos o Corinthians mantinha certo nível de posse de bola, inclusive com um grande ataque do Wesley, e na defesa Gustavo Henrique e Hugo estavam sendo bastante participativos, embora Gustavo tivesse cometido um erro leve no início - aliás era dos pés deles que saíam os ataques.

    Após os 10 minutos o Santo André começou a apertar mais em ataque, mas o Corinthians ainda procurava ser sólido na defesa e atacando bastante. O ataque pelos lados do Corinthians, dessa vez, era rápido e dinâmico pelos dois lados, ao invés de ser apenas pelo lado do Fagner, coisa que foi feita por muitos anos.

    O mais curioso é que o Corinthians, por mais que a marcação adversária pressionasse, ainda assim atacava muito bem, explorando algum buraco existente. E então, após um escanteio, o Fagner, de lá de trás, dá uma excelente assistência para o Maycon na área que fez o gol.

    Mesmo após o gol o Corinthians ainda pressionava, com ataques bem variados, explorando os lados e inclusive o meio com Garro.


    Os três nomes do primeiro tempo, a meu ver, foram Gustavo Henrique, Ranielle, Garro e Wesley. Era dos pés deles que as transições da defesa para o ataque aconteciam, e aconteciam muito bem. Wesley foi extremamente insinuante ofensivamente, o que permitia puxar a marcação adversária para liberar outros jogadores. Os mapas de posicionamento médio ilustram muito bem esse aspecto, mostrando a marcação média do Corinthians no primeiro tempo, evidenciando também o buraco entre o meio e a direita que proporcionou os contra-ataques do Santo André.

    Notem nesse gráfico de passes do jogo todo o quanto os passes foram muito bem distribuídos entre os jogadores, com atenção a quantidade de bolas que o Wesley recebeu. Chama a atenção também a quantidade de passes que Cássio deu ao Gustavo Henrique, Fausto Vera no segundo tempo e Fagner, mostrando a característica de António Oliveira tanto da participação do goleiro na construção a partir da defesa quanto do tiro de meta curto - embora os tiros de meta precisem ser ainda mais curtos, sem chutão.

    SEGUNDO TEMPO

    O segundo tempo começou equilibrado, mas com o Corinthians ainda sendo agudo pelos lados, mas dessa vez o Santo André conseguia explorar o ataque e, em dois lances de escanteio, quase Bruno Michel quase faz duas vezes um gol olímpico.

    O técnico do Santo André percebeu que não conseguia atacar porque Bruno Michel não era acionado em profundidade entre o meio e o lado - justo aonde Maycon fica. Se explorasse ali, o Corinthians enfrentaria dificuldades. Então eles trataram de acelerar os passes na defesa em busca de puxar a marcação para atrair o ataque e liberar os seus meias até chegar a bola ao Bruno - por isso a entrada dele logo no início do segundo tempo. E a partir daí, ficou nítido que o jogo ficaria decidido em quem faria a melhor marcação média com passes acelerados e quem exploraria melhor seus pontas, além da capacidade dos técnicos em fazer suas substituições.

    Então António Oliveira faz a substituição certa: coloca o contestado Fausto Vera - que na minha ótica não tem nexo nenhum em tais críticas, uma vez que parte da torcida esperava dele um tipo de jogador que ele não é - no lugar de Maycon que saiu com dores. Ao lado de Ranielle, ele seria importantíssimo para fazer a transição da defesa para o ataque com mais qualidade que o adversário. Tanto que partiu dele a criação da jogada que quase resultou em gol do Yuri Alberto de cabeça. Um minuto depois, Fausto Vera arriscaria de fora da área duas vezes, sendo que na segunda a bola passou com um veneno terrível. E então Yuri Alberto faz o gol após o passe do Hugo num lance quase semelhante ao de Fagner, dessa vez contando com um desvio do adversário.

    Diante disso, António Oliveira resolve ser mais ofensivo e coloca Igor Coronado no lugar do Wesley que fez uma grande partida. Coronado é um meia-atacante de criação estilo Renato Augusto, e no primeiro lance ele infiltra na área, limpa do zagueiro e quase faz um golaço.

    E então Bruno Michel faz o gol num lance de escanteio, dessa vez com ele na área. Após o gol, o Santo André se expôs mais, o que era um grande risco, visto que a ofensividade dos passes do Corinthians estava sendo muito precisa, ainda mais quando Pedro Raul e Gustavo Silva entram, adiantando ainda mais Fausto Vera. Aí saiu o empate do Santo André após um boa jogada iniciada na lateral e tendo o azar de ter desviado em um dos nossos zagueiros para chegar ao autor do gol.

    Após isso, o Corinthians atacou que não foi pouco. Por duas vezes Pedro Raul tentou finalizar de fora. Na terceira tentativa, Fagner cruza e ele marca no finalzinho.

    Esse gráfico de passes média por tempo mostra que, apesar do Corinthians ter maior posse de bola gradativa, o meio-campo do Santo André sobre ser incisivo no meio-campo, principalmente no segundo tempo. Também mostra que a entrada de Fausto Vera no final impactou enormemente a favor do Corinthians.

    Agora esse gráfico de passes totais mostra a excelente partida de Hugo - que deu a assistência do último gol -, Ranielle e Maycon, embora o próprio Maycon, Garro e Wesley deveriam ter recebido mais passes. Há pelo menos 5 anos que venho falando da importância de zagueiros construtores de jogadas e que se infiltram no ataque, e pelo menos a construção está sendo bem feita. Ainda me preocupa a quantidade de bolas do Fagner em detrimento da de Wesley, mas saber que Hugo, também lateral, teve mais participação em campo do que Fagner trás algum alento.

    CONCLUSÃO

    O Corinthians não jogou mal, pelo contrário, o Santo André é quem soube explorar ofensivamente. Como dito antes, o jogo foi decidido em qual time daria a melhor marcação média com passes acelerados pelos lados, e de fato foi o que aconteceu. Apesar de termos sido eliminados, estou muito contente com a evolução do time: é nítida a mudança ofensiva do Corinthians, e certamente é motivo para manter o otimismo.

    Temos tudo para fazer uma campanha boa, valorizando os nossos jogadores ofensivos. Mas, ao menor sinal de liderança tóxica que segrega jogares sem necessidade, a torcida deve fazer voz e se manifestar contra isso, ainda que estejamos em boa fase, pois é muito fácil esquecer o lado ruim de um time devido a uma boa fase. Não podemos repetir o mesmo erro dos últimos 7 anos, e quero crer que António Oliveira saberá fazer isso com o tempo, mas para isso é preciso que a torcida esteja do lado dele, direcionando suas críticas as pessoas certas.

    VAI, CORINTHIANS!

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  • Félix

    Félix comentou na notícia: "Corinthians desperdiça mais de 20 chances e sofre derrota para a Ponte Preta no Paulistão"

    há 3 meses

    Nem tem por que reclamar porque chegamos ao ataque mais vezes do que no tempo do Mano. Isso mostra que temos um time mais ofensivo do que os pessimistas imaginavam. Tem que lapidar o ataque, se continuarmos progredindo assim vamos evoluir bastante.

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  • Félix

    Félix postou em Bate-Papo da Torcida, no tópico "Análise tática do jogo Corinthians vs América-MG - CURUIS!"

    há 7 meses

    Quanto tempo Flávia! :D

    Há trocentos anos que falo isso, que posse de bola alta nem sempre é sinônimo de efetividade em gols e ataque.

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  • Félix

    Félix postou em Bate-Papo da Torcida, no tópico "Análise tática do jogo Corinthians vs América-MG - CURUIS!"

    há 7 meses

    Entendo, e isso eu levo em consideração: isso o que você falou se chama proporcionalidade. Há jogadores que tem menos participação em passes mas nas vezes em que ele participou ele não errou nenhum. Há o que finalizou menos mas em todas as vezes foi no gol. Por isso, proporcionalmente falando, Ruan foi o mais preciso porque ele participou mais, inclusive das poucas criações de jogadas. Quantas vezes eu já analisei jogadores que foram mais precisos do que outros, ainda que tenha participado pouco, e fui criticado. Alguns desses jogadores se tornariam decisivos em outros jogos. Ruan é um meia externo, não um ponta ofensivo. Por isso não exija dele algo que não é da característica dele.

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