Maga Macabra
No mundo, em várias carreiras e situações, existe a necessidade da passagem de bastão.
A necessidade de alguém dar lugar a uma próxima pessoa, que poderá dar sequência ao trabalho. Posições como, presidente, governador, prefeito, Diretor de empresa, Papa, etc.
Algumas posições existe votação, algumas renúncia. Mas existe a passagem de bastão.
No futebol não é diferente. Quando um jogador de linha já não rende tanto mais, ele deixa de ser titular e entra ao longo dos jogos em momentos que a sabedoria vai ser mais importante do que a agilidade e o fôlego.
Mas e no gol? Quando deve ser feita a passagem de bastão?
Podemos olhar para nosso rival com estádio usando nome de chocolate e trazer algum aprendizado. Senhor Rogério Ceni, por muitos anos foi dono absoluto da posição. Com méritos em boa parte deles, podemos dizer. Porém, o final da carreira, seu peso na história do clube, trouxeram atuações vexatórias e manchas em sua história.
Não seria interessante para nosso gigante trilhar um caminho diferente? Evitar manchas na linda história do clube, evitar estresse com torcida, evitar estresse para ele e sua família, além do próprio clube?
Não está na hora dele reconhecer que pode ser o momento adequado da passagem de bastão? Valorizar um ótimo e promissor goleiro que temos, antes que o mesmo desanime e parta para outros ares, e fiquemos uma década sem ter um grande dono da posição?
A história do Cássio só pode ficar mais bonita daqui para frente de 2 formas, fazendo atuações perfeitas até sua saída do clube ou ele fazendo a passagem de bastão de forma humilde e honrosa, reconhecendo que pode ser que no momento o Carlos Miguel mereça mostrar seu talento, dando força ao mesmo e sendo um apoiador. Cumpre o contrato até o fim, ajuda o Carlos Miguel e os outros goleiros a se aperfeiçoarem, e segue a vida. Seria lindo.
Torço para que esta reflexão chegue nele de alguma forma.
O fluir da vida é dar valor à naturalidade das coisas.