Derrota com erros reprisados
Opinião de Walter Falceta
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Esta coluna poderia focar na apatia no time, especialmente no segundo tempo desta triste partida, em Itaquera. Em vários momentos, como dos 29 aos 32 minutos, a esquadra corinthiana simplesmente assistiu ao jogo do visitante. O velho Neco meteria a cinta em vários magnatas sem brio que não justificam seus salários milionários.
Poderia também tratar da decepção com algumas recentes aquisições, como Fausto Vera e Yuri Alberto. Ou mostrar indignação com os cartolas que renderam faixa desproporcional de arquibancada aos rubronegros. Chamamos atenção, no entanto, para a reincidência no erro de organização tática dos comandados de VP.
Contra o Ceará, entregou-se espaço a Bruno Pacheco, que superou Matheus Donelli. Na mesma partida, nossa massiva linha de oito, enfiada na defesa, cedeu enorme faixa de campo para o arremate fatal de Vina.
Contra o Atlético Mineiro, tudo de novo, com o gol em parábola anotado por Keno. Na derrota na Copa do Brasil, contra o Atlético GO, nova reprise no cerrar das cortinas, com o tento de Léo Pereira.
Em mais esta dolorosa derrota para o Flamengo, tudo se repetiu. Primeiramente, com o gol de Arrascaeta, em lance que parecia um padrão Matrix de castigo. Depois, novamente, pouco adiante da linha da grande área, mais um tento, marcado por Gabigol.
Na coluna anterior, alertamos que era preciso mudar procedimentos se um acidente se convertia em hábito. Parece que a comissão técnica, no entanto, não aprendeu a lição. Falta um volante com pegada? Falta aproximação entre as linhas? A verdade é que essa formação defensiva se tornou mamão com açúcar para os adversários. O mais deprimente é que, pelo visto, pouca gente se deu conta desse equívoco serial. Tempos sombrios pela frente.
Por fim, a elitização brutal do acesso a Itaquera é preocupante para um clube que orgulhosamente denominamos Time do Povo.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.