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Claudinho, Sub-23, planejamento e paciência: o que têm a ver?
Mateus Pinheiro

Jornalista e Analista de Desempenho. Passagens por Band, ESPN, Globo Esporte e Meu Timão. Confie no processo.

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Claudinho, Sub-23, planejamento e paciência: o que têm a ver?

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Claudinho, Sub-23, planejamento e paciência: o que têm a ver?

Claudinho: craque e revelação do Brasileirão

Foto: Ari Ferreira / Red Bull Bragantino

Os erros de Mancini no 2 a 0 já foram por mim apontados no Twitter (@teuscbpinheiro), e em outras análises aqui do Meu Timão. Venho aqui, no entanto, destacar algo mais emblemático na derrota marcante: Claudinho, o resultado agora em alta da negligência do Corinthians com a base, tanto como instituição como cultura de torcida.

Vejo por muitas vezes o questionamento nas redes sociais do porquê do clube não dar atenção à base como fazem outros rivais (Santos, Grêmio, Palmeiras agora), e a resposta para isso não é tão simples e rápida. Já vi quem dissesse que nas categorias de base do "Terrão" não tem jogador que presta. Muito pelo contrário... O processo como um todo está errado.

Claudinho, por exemplo, se destacou em geração campeã na base (depois de adquirido junto ao Santos, num movimento inteligente da diretoria), subiu ao profissional, mas foi pouquíssimo usado. Foi para a Ponte Preta numa negociação pelo Clayson + R$4 milhões. Rodou por empréstimos que não renderam pra ele, não jogou bem até chegar no Bragantino. Teve 40% de sua porcentagem vendida por valor baixo mesmo que com destaque.

Ou seja, não teve espaço pra subir, não foi testado o suficiente no profissional e nos poucos minutos que teve foi criticado pela torcida. Assim, foi descartado como muitos e veio a brilhar em outro time.

Poderia muito bem ter ficado no clube caso existisse na época uma categoria sub-23 bem estabelecida e jogando campeonatos de maior competitividade.

O RB Bragantino, por outro lado, tem um projeto saudável financeiramente (mesmo que como clube empresa, como alguns condenam), tem um elenco com média de idade baixíssima e faz empréstimos com preço de compra fixados. Como no caso de Helinho, que marcou contra o Corinthians e deve ser comprado ao final da passagem. Investe em jovens talentos brasileiros e sul-americanos. Tem retorno por isso, como vai ter vendendo Claudinho por quase R$ 90 milhões para Europa.

Na terça-feira venceu quem tem valorização aos jovens, planejamento e paciência. O Red Bull Bragantino.

Veja mais em: Corinthians Sub-23.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Mateus Pinheiro

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    @restopim em

    Red Bul é exemplo no mundo de investimento no futebol, mas os caciques daqui não dão o braço a torcer.

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    Rodrigo 457 comentários

    @rodrigo.castelan em

    Se quer ter o Sub 23 tem que jogar o Paulistão da última dibidao e tentar vaga na série D, jogando essas competições fracas não vai ter evolução

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    Leonel 12 comentários

    34º. @leo1953 em

    Acho engraçado, a torcida clama por uma boa administração, querem comparar redil Bragantino com Corinthians, mas é só perder um jogo que as críticas aumentam, o Corinthians é diferente e muitas coisas que outros times fazem no Corinthians fica mais difícil, deveríamos cobrar nas coisas certas e no momento certo, não votaria em Duílio, mas por enquanto estou gostando da sua administração, oxalá continue assim.

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    Elder 489 comentários

    33º. @pagosi em

    Não podemos misturar os assuntos. Pegar o caso Claudinho, para tentar justificar uma categoria que não deveria existir, acho muita viagem. A causa raiz do problema não é a existência ou não do Sub-23. A causa raiz do problema é a incapacidade dos profissionais da base em saber identificar o talento dos jovens, mesmo que com pouca maturidade. Tenho certeza que muitos leitores do Meu Timão sabem de história sobre interferência de empresários ou até mesmo dirigentes, sobre titularidade ou mesmo presença dentro do elenco nas categorias de base do Corinthians e neste caso, enquanto não for possível uma reformulação e retiradas desses parasitas, a criação do Sub-23 será só mais uma categoria para ser explorada e usada por eles, para seus próprios interesses. E será necessário, dentro de um planejamento estratégico, estabelecer critérios técnico para as contratações. E somente permitir contratações de jogadores com talentos diferenciados ou características que não são encontrados nas categorias de base. Assim, talvez iniba a contratações de jogadores com qualidade duvidosa, como: Michel Macedo, Marllon, Danilo Avelar, Camacho, Araos, Junior Sornoza, Richard, Matheus Vital, Matheus Matias, Matheus Jesus, Gustavo Mosquito, Léo Natel, Everaldo e Jonathan Cafú.
    Ou será, que apesar das críticas que lemos aqui, alguém tem dúvida, que não havendo interferência dos empresários ou agentes, a base do Timão, não teria condição de descobrir talentos na base, no mínimo de igual capacidade dos nomes acima citados, com custo infinitamente inferior.

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    Daniel 252 comentários

    32º. @daniel.paione em

    Esse Sub-23 devia ter seu nome alterado para Corinthians B, e começar jogando as últimas divisões do Paulista até chegar à série D do brasileiro. Com muita sorte, chegaríamos à série B, e daí legalmente não teríamos como subir. Barcelona e Real têm seus times B, e são vitrines para novos talentos e opções para jogadores fora de forma/encostados. Porque não fazer isso?

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    Tomaz 1050 comentários

    31º. @tomaz.masrtins em

    Esse sub-23 é um engodo. Senão, agora seria a hora de funcionar. Com tantos jogadores com Covid era só trazer o sub-23 para cobrir essas ausências. Cadê? Onde? Porque? Sou a favor de se manter sub-23 desde que seja algo sério e voltado para as necessidades do clube. Do jeito que está melhor acabar e investir o dinheiro gasto em jogador (não pé-de-rato) para ser titular do time principal. Como tudo está atrelado à politica Monárquica do Rei D. Sanchez, I, o Bravateiro, difícil o Duílio romper com o apoio (?) da clã Garcia e outros.

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    30º. @tomaz.masrtins em

    A problema da base é a ponta do iceberg. Se o clube fosse organizado e sua direção não estivesse no tempo da Monarquia Absoluta seriamos os primeiros a engrossar um movimento para se criar uma política protecionista para clubes que têm estrutura de base séria. Na Alemanha quando aconteceu um retrocesso do seu futebol e o país deixou de ganhar copas, o governo junto com os clubes organizaram uma reestruturação em todo o futebol da base. Sabe o que aconteceu surgiram: Müller, Draxler, Neur, Podolski, Schweinsteiger, etc, etc. A Alemanha voltou ao topo. Os clubes receberam apoio econômico e ou legal para proteger seus jogadores. Aqui a CBF e as diretorias corruptas usam a base para ganhar poder e dinheiro para si próprios.