Alexandre Pato foi recusado por diversos clubes antes de parar no São Paulo
Opinião de Marco Bello
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No início de 2014, o presidente Mario Gobbi decidiu que renovaria o elenco do Corinthians. Para isso, contratou Mano Menezes e deu autoridade total para o treinador dispensar atletas, mesmo os considerados “medalhões” do elenco.
O estopim para que a renovação se efetivasse foi a invasão de torcedores ao centro de treinamentos do clube, no dia 1º de fevereiro. Os invasores entraram no CT gritando principalmente contra Emerson Sheik e Alexandre Pato.
Mas poucos sabem que os dois jogadores já estavam na lista de dispensa de Mano Menezes para deixarem o Timão. O empréstimo de Pato só foi efetivado uma semana após a invasão, mas já estava sendo tratado desde o início do ano.
A história da chegada de Pato ao Corinthians, a compra junto ao Milan e o pênalti desperdiçado contra o Grêmio na Copa do Brasil são assuntos exaustivamente divulgados. Mas o custo real mensal de Pato ao Corinthians sempre foi tratado como segredo.
Pois bem, parte dos vencimentos do jogador eram pagos em carteira de trabalho, a chamada CLT, e parte como direito de imagem. A parte da CLT correspondia a cerca de 60% do total, o que acarretava em cerca de 18% a mais em impostos. Com os outros 40% restantes do direito de imagem mais os impostos (menores, é claro) desta parte, o total gasto pelo clube com Alexandre Pato chegava a quase UM MILHÃO DE REAIS mensais.
O presidente Mario Gobbi, após ouvir um “ok” de Mano Menezes, solicitou aos diretores e integrantes da comissão técnica que começassem a estabelecer contato com outros clubes para saber de um possível interesse no jogador.
O Corinthians toparia um empréstimo, troca, ou qualquer coisa que fizesse Pato jogar em outro lugar e que barateasse a folha salarial. Dois dos clubes procurados foram Cruzeiro e Flamengo. O primeiro recusou de cara. Marcelo Oliveira não achou necessária a contratação de Pato. A equipe carioca se interessou pelo atleta, mas quando ficou sabendo dos valores envolvidos desistiu do negócio.
Alexandre Pato foi oferecido também a vários outros clubes, quase todos os grandes do futebol brasileiro, mas nenhum se interessou.
Daí surgiu a ideia do São Paulo. Mano Menezes precisava de um meia, um camisa 10. E não é segredo a admiração do treinador por Jadson, jogador convocado por ele até para a seleção brasileira. E então o contato foi feito com um ex-jogador de futebol, que atuou no Corinthians e no São Paulo, para que fizesse a intermediação do negócio.
As conversas começaram em janeiro, muito antes da invasão da torcida ao CT. Resolvidos todos os detalhes, no dia 6 de fevereiro os dois clubes bateram o martelo, e o Corinthians diminuiu um gasto de cerca um milhão para quatrocentos mil reais mensais.
Negócio bom, negócio ruim? A opinião é de cada um.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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