Guilherme Levy
O torcedor corintiano tem que entender que não é possível ter um time rico e vencedor e ao mesmo tempo ser um time do povo. Para entender isso, é necessário entender como são feitos os negócios no meio do futebol. Nesse caso, especificamente, a Nike paga ao Corinthians os royalties referentes à exploração da marca por meio de roupas. O clube não tem direito à precificação dos produtos. Para isso, teria que ser amarrado em contrato, mas com certeza diminuiria muito o valor desse contrato, fazendo com que o clube perdesse dinheiro (e muito), algo que com o clube endividado, é quase impossível. Tão impossível quanto, seria produzir o próprio produto, uma vez que o clube teria que investir em fábricas para isso (antes que alguém fale que o clube deveria fazer isso). Outra possibilidade seria conceder os direitos de exploração da marca para outra empresa, porém corre-se o risco sério de não ter o mesmo alcance de uma Nike, novamente fazendo o clube perder dinheiro. Além de tudo isso, ao ir em qualquer loja oficial do Corinthians, você verá opções de camisetas que não passam de R$100, ou seja, existem opções mais baratas. O mesmo vale para diversos casos que vejo por aqui, desde transmitir os próprios jogos (onde existem investimentos necessários para se ter uma transmissão de qualidade) até vender ingressos mais baratos (que diminuiria drásticamente o valor arrecadado por jogo, uma vez que mesmo com preços elevados, o estádio está sempre cheio). Isso tudo me leva a uma pergunta crucial: quem reclama estaria disposto a ter um clube com investimento modesto em prol da sua 'identidade'?
em Bate-Papo da Torcida > 'É o time do povo', sério mesmo?
Em resposta ao tópico:
Chega a ser ofensivo o 'time do povo' cobrar um absurdo desse em uma camiseta regata. Misericórdia, como usufruir produtos originais desta forma?