Meu Timão

Na boa gente, eu já passei por muita coisa sendo torcedor.

Eu lembro da final da Copinha de 1997 em que perdemos para o Louzano Paulista, atual Paulista de Jundiaí.

A chuva era tão forte no Canindé, que o ingresso de papel esfarelou e a polícia não queria deixar ninguém entrar sem levar borrachada.

Tomei três, duas nas costas e uma na batata da perna.

A da batata da perna fez com que eu não conseguisse andar direito por uma semana.

Chuva o jogo todo, perdemos no fim.

Eu sofri demais em 2007, a ponto de passar mal no último jogo. Só que na outra semana eu fui comprar a camiseta do "Eu Nunca Vou Te Abandonar".

Mas minha primeira grande decepção aconteceu em 2013 com o Gobbi e o papel ridículo que ele fez no caso de Oruro. Aí, um dos caras de Oruro invadiu o CT pra bater nos jogadores. E agora, ele deve ser presidente de novo.

A morte do menino foi muito chocante pra mim. É como se alguém da minha família tivesse matado uma criança com um sinalizador. Eu fiquei muito mal com aquilo e meio que parei de ver jogo, sério.

2013 foi o começo da minha decepção política também. Eu era petista, de esquerda e vi o quanto fui feito de bobo, mas isso não vem ao caso. Até foi bom que eu saí da bolha.

Só que agora, parece que estou vendo o mesmo filme de novo.

A contratação do Diogo Vítor para o Sub-23 é pra tirar sarro da nossa cara. Pra mim é a gota d'água do Andrés.

O insulto final.

Eu não vejo nenhuma luz no fim do túnel. O Andrés é o nosso Eurico Miranda piorado. Porque o Eurico, pelo menos, lutava pelo Vasco apesar de toda a sacanagem que ele fazia. O Andrés nem isso faz mais.

Ele perdeu a vergonha na cara de vez e faz tudo às claras. É nítido que esse Sub-23 é pra receber comissão de empresário e fazer toma lá dá cá.

Divida de 1,5 bi se contar com a Arena. Time correndo risco de cair. Segunda maior folha salarial do Brasil.

Gobbi não é a solução. E Duílio é pra fechar o caixão.

Eu já tenho meus problemas pessoais pra cuidar. E hoje, o Corinthians me faz mal.

Eu vou tentar me afastar como fiz em 2013. Deixar de acompanhar, tocar minha vida.

Não tenho mais estômago pra ver o time que eu amo ladeira abaixo de novo.