Gean Rocha
'Uma partida perfeita. Colocação, força e velocidade no corte. E, como se isso não bastasse, ele tirou com a cabeça um chute de Salah, que era um gol. Insuperável, ele fez um doutorado diante de um dos grandes ataques do mundo. Melhor que Van Dijk'.
Essa é a descrição dada pelo jornal Marca a atuação de Felipe com a camisa do Atlético de Madrid na partida contra o Liverpool, nesta terça-feira. O zagueiro, eleito o melhor do time espanhol do jogo, ainda foi chamado de rei.
Se alguém falasse para você, corinthiano, lá em 2012, que o zagueiro Felipe pararia o 'melhor time do mundo' e seria considerado rei na Espanha, você certamente chamaria essa pessoa de louca. Você certamente cairia na gargalhada.
A história do zagueiro é, além de inspiradora, uma lição para os torcedores. Precisa ser, aliás.
Claro que existem jogadores que não conseguem evoluir. Mas, Felipe mostra que é preciso ter paciência. Que um começo ruim não pode determinar o fim de um ciclo. Que algumas falhas não transformam o jogador no pior do mundo.
O torcedor, não só o do Corinthians, tem demonstrado uma pressa que, ao meu ver, é desnecessária. Existem jogadores que precisam ser lapidados. Existem trabalhos que demandam tempo. Existem situações que podem ser passageiras. Isso, no caso, vale tanto para os atletas quanto para o Corinthians em si.
Claro que todo mundo quer ganhar títulos, todo mundo quer vitórias e conquistas. Eu também quero. Mas, às vezes, é preciso ter um pouco de paciência para ver a evolução e o crescimento que queremos.
Felipe parou o Liverpool nesta terça-feira. Felipe é rei na Espanha.
E se Felipe, aquele Felipe de 2012, pode ser tudo isso, podemos, então, acreditar que o Corinthians e seus jogadores podem ter uma boa temporada em 2020
Via Balbuena Mil Grau