Técnico do Corinthians analisa o que o Brasileirão precisa fazer para melhorar
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Por Victor Godoy, Matheus Quintino, Rodrigo Vessoni e Victor Gomes
António Oliveira comentou sobre as expectativas exageradas que rolam no torneio
Danilo Fernandes/Meu Timão
Ao longo do empate sem gols entre Corinthians e Atlético-MG, pela primeira rodada do Brasileirão, ficou marcada a arbitragem do árbitro Yuri Elino, que distribuiu 14 cartões amarelos e dois vermelhos na Neo Química Arena.
Demais jogos da inauguração dessa edição do torneio nacional também tiveram a arbitragem sendo o principal destaque negativo. Com isso, gerou-se a discussãosobre o que a competição precisa fazer para melhorar.
Em sua análise, António Oliveira apontou que é necessário ter pessoas mais competentes em diversos níveis e que a torcida tenha menos expectativas, já que são 12 grandes equipes disputando o título do Brasileirão.
"Acho que, independentemente de eu já viver nesse contexto há algum tempo, termos pessoas mais que competentes… Termos pessoas mais competentes para podermos atingir esse ponto ótimo do Campeonato Brasileiro e termos uma melhor competição. Mas isso é um trabalho de muita gente. É um trabalho seu (da imprensa), nosso enquanto treinadores, dos dirigentes, dos jogadores, portanto é um trabalho de todos os departamentos que estão envolvidos nesta competição. Mas eu acho que temos bons jogadores, temos bons treinadores. É capaz de ser, na minha opinião… Não sou o único que disse isso, é o quinto Brasileiro que participo… É o campeonato mais difícil do mundo, não tenho dúvida nenhuma", avaliou o treinador.
"Não é normal ter 12, 14, ainda agora começou, acho que até os 20 clubes são candidatos. Se for perguntar a qualquer torcedor, ‘quais são suas expectativas para sua equipe’, ‘nós queremos ser campeões, queremos chegar à Libertadores’. Ninguém vai dizer ‘não, não, este ano vamos lutar para não cair’. As expectativas são altas. E nós temos que digerir elas para depois não por causa de determinados projetos. Nós vivemos numa cultura imediatista, de resultados, isto não vai mudar. Eu costumo dizer que é emocionalmente desgastante essa competição, mas é extremamente fascinante. Acho que relativamente ao tempo útil de jogo, devemos refletir um pouquinho mais", completou.
O próprio António Oliveira foi expulso logo após o fim da partida. O treinador até chegou a comentar que tem ficado marcado entre os árbitros pelo seu jeito mais enérgico, fazendo com que os juízes sejam menos pacientes. Na sequência, o treinador voltou a falar sobre a pressão que há por resultados no Brasil, destacando o fator das redes sociais.
"Na minha opinião, (redes sociais) é a pior coisa que existe no mundo, porque 90% das pessoas não sabem sobre futebol. Essas redes sociais geram opiniões nas pessoas, e vão afetar esses 90% que não sabem de nada. É por isso que não vejo, nem leio as redes sociais, porque se não eu vou ficar maluco. Quando se fala às vezes da saúde mental, no futebol é pra ser algo cuidado, porque estamos falando de seres humanos, que têm sentimentos e que, muitas vezes, escondem muitas coisas que nós não vemos. Estamos no melhor campeonato do mundo e tenho muito orgulho de estar nele", reclamou o comandante alvinegro.
Como recebeu o vermelho, António Oliveira não ficará no banco de reservas durante o embate contra o Juventude, no Rio Grande do Sul, nesta quarta, pela segunda rodada. O auxiliar Bruno Lazaroni deve assinar a súmula em seu lugar.
Na linha da expectativa, é comum o torcedor esperar que o Timão conquiste o título - ou ao menos fique na disputa. A diretoria, porém, traçou como objetivo ficar ao menos na sétima colocação, conforme o orçamento da equipe para o ano. Com o empate contra os mineiros, largou na 13ª colocação do Brasileiro, empatado com outras quatro equipes, além do próprio Atlético.
