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Ex-joia relembra tempos de Corinthians ao Meu Timão e dá dicas a campeões da Copinha

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Fabrício Oya era uma das principais joias do Corinthians entre 2017 e 2020, mas acabou tendo poucas chances no profissional

Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians

O Corinthians vive um processo de reformulação e parte disso está em promover os atletas da base. Ainda assim, fica certo temor da torcida sobre o quanto esses jogadores serão utilizados. Sendo assim, o Meu Timão conversou de forma exclusiva com Fabrício Oya, ex-joia alvinegra que acabou não tendo tantas chances no profissional. Ele disse ver uma mudança de filosofia quanto ao uso das Crias do Terrão e aconselhou-os.

"A filosofia do Corinthians de usar a base começou a mudar de pouco tempo para cá, tanto que é um ou outro nome que você vê que saiu da base do Corinthians, sendo que sempre teve uma base vencedora. Na minha vez acredito que estava mais difícil porque tinha Jadson e Rodriguinho no auge, então acabou que não tive muito espaço, mas acredito que poderia ter um pouco mais de paciência. Sem ressentimento, óbvio que eu acredito que poderia ter tido um pouco mais de oportunidades, poderiam ter mais paciência comigo por tudo que ganhei e todos os anos que fiquei. Foram dez anos de clube, mas se eles me chamarem estou com a mala pronta já", analisou Oya.

"Não olha mídia social, porque ao mesmo tempo que te coloca no céu ela pode te colocar lá embaixo e você surfar essa onda ruim também. Então quanto menos você olhar e valorizar isso, entender quem você é, independente do elogio ou da crítica, melhor você vai se dar. E a maturidade. Hoje eu entendo isso. Independente de alguém gostar ou não do meu futebol, tenho que saber quem sou, qual o meu estilo e entender isso. Quando você tiver mentalizado isso na sua carreira, tanto a fase ruim quanto boa vai passar. É manter a tranquilidade, cabeça boa, que o futebol a gente tem", emendou quando solicitado para dar algumas dicas a esses atletas.

Ao todo, sete jogadores foram promovidos: João Pedro Tchoca, Léo Mana, Ryan, Yago, Breno Bidon, Kayke e Arthur Sousa; sem contar os que já estavam no profissional em 2023, mas com idade de base, como Giovane, Wesley, Biro e o já vendido Moscardo.

Na época de Oya, entre 2017 e 2020, estavam Pedrinho, Carlinhos, Carlos Augusto, Vitinho, Roni, Léo Santos, Du Queiroz e Lucas Piton, sendo o primeiro a "referência" de todos por ter tido mais destaque no Corinthians. Fora a Copinha de 2017, aquela geração ergueu a taça da Copa do Brasil Sub-17 em 2016. O técnico daquele time era Márcio Zanardi, que viria a ser especulado no Corinthians em 2024 durante a gestão de seu ex-assessor e agora presidente Augusto Melo.

"Foi meu último campeonato Sub-17, então desci com a mentalidade de ganhar para fechar com chave de ouro e pude ser abençoado com o título. Trabalhei três anos seguidos com o Márcio (Zanardi): dois anos no Sub-15 e depois subimos juntos de categoria. Não tenho palavras. É um treinador muito bom, bem humano, que hoje é bem difícil de se achar. Sabe um cara que se preocupa com o lado pessoal do jogador e não só com o profissional também, então ele acaba tendo aquele cuidado especial. Ele sabe a hora de cobrar e de abraçar, era literalmente um paizão para nós. Foi muito bom esse trabalho junto", relembrou o jogador, que atualmente veste a camisa do Azuriz.

O Corinthians bateu o Sport pelo agregado de 4 a 2 e ficou com o título da Copa do Brasil Sub-17 em 2016; na foto é possível ver Augusto Melo à direita junto de Claudinei Alves, atual diretor da base

O Corinthians bateu o Sport pelo agregado de 4 a 2 e ficou com o título da Copa do Brasil Sub-17 em 2016; na foto é possível ver Augusto Melo à direita junto de Claudinei Alves, atual diretor da base

Rodrigo Gazzanel / Agência Corinthians

Passagem no Corinthians, aprendizados na carreira e possível futuro longe do futebol

Oya chegou ao profissional rodeado de expectativas pela Fiel, tendo o nome especulado no futebol italiano, além de convocações para Seleções de base e multa rescisória na casa dos 50 milhões de euros (à época, R$ 168 milhões). Mesmo assim, o meia teve apenas uma chance no time de cima do Corinthians durante o Campeonato Paulista de 2019. Depois, foi emprestado a São Bento e Oeste, tendo seu contrato rescindido em 2021 para acertar sua ida ao Torpedo Zhodino, de Belarus.

"Na época eu tentava trabalhar muito a minha cabeça, tanto que desde aquela época faço trabalho com a minha psicóloga e meus pais tentavam me blindar de toda forma possível. Mas a mídia chegava de toda forma possível e nós conseguimos ter acesso em tudo que é lugar. Acredito que consegui lidar de uma certa forma bem, mas acaba, inconscientemente, interferindo. Aprendi muito de lá para cá, só tenho a agradecer ao Corinthians que querendo ou não tudo que tenho hoje devo ao clube. É meio clichê, mas é muito verdade: só quem jogou lá sabe o que é torcida de verdade. Não digo pressão, é puro amor", relatou o jogador.

"O mais importante (que evoluí) é a maturidade. A maior diferença entre o Oya que saiu do Corinthians e está aqui hoje é a maturidade, a maturação. Porque querendo ou não eu vivia no primeiro mundo que era o Corinthians onde se tem tudo do bom e do melhor desde roupa até comida, bola, campo... não sabia como era o futebol no Brasil e por aí (no mundo). Quando comecei a ir para times menores e ver a realidade do futebol foi um choque de realidade e me fez entender que não quero sair mais do lugar onde eu estava. Para isso vou ter que ralar de novo e acredito que possa chegar novamente e quando chegar valorizar tudo aquilo que a gente tem", disse na sequência.

Fora das quatro linhas, Fabrício Oya também sempre destacou-se por ser um cara estudioso. No Corinthians, ficou marcado o episódio em que deixou a comemoração do título da Copinha de 2017 para ir estudar para o vestibular. Ao Meu Timão o meia contou que chegou a cursar Educação Física, mas que a carreira impossibilitou a sequência, então o foco atualmente tem sido entrar numa faculdade de Marketing e aprender novas línguas. No tempo de futebol bielorrusso, aprendeu a falar russo "nota 6, o suficiente para passar de ano (risos)", além de inglês durante a escola por pressão dos pais. O desejo é desenvolver o espanhol.

Ainda com 24 anos, Oya tem uma carreira longa pela frente e almeja retornar ao Corinthians algum dia. Pelo Azuriz, o meia acumula um gol em nove partidas na temporada.

Veja mais em: Fabricio Oya, Ex-jogadores do Corinthians e Base do Corinthians.

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