Presidente do Corinthians rechaça transformar o clube em SAF e fala de acordo com a Caixa
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Por Meu Timão
Duilio Monteiro Alves, líder da diretoria corinthiana, deixou bem claro que não pensa em transformar o Timão em clube-empresa. Para o presidente, é possível fazer um bom trabalho sem ter um dono. No momento, curiosamente, o Corinthians está em concorrência com o Botafogo, que está no processo de concretização de SAF, pelo técnico Luis Castro.
"O Corinthians não precisa da SAF. Primeiro que é um modelo que vai se discutir muito, tem muita coisa para ser melhorada, acho que vamos ver muitas confusões porque há muitas dúvidas na forma que a Lei foi feita. O Corinthians é o time do povo, da torcida. É impossível o Corinthians passar a ter um dono. E não tenho dúvida nenhuma de que você pode fazer um bom trabalho sem ter um dono", disse o presidente em entrevista ao Grande Círculo, do SporTV.
"Só fazer o trabalho direitinho, conseguir afastar a política, não deixar essa parte influenciar nas decisões, então temos feito tudo sem pensar em política. Fazendo um bom trabalho, profissional, tudo é possível da mesma forma do que tendo um dono. Você sabe que tem mais dificuldade em implantar as coisas, mas não tenho dúvida de que dá para seguir um caminho saudável sem ser SAF", completou.
O mandatário aproveitou para revelar que o Corinthians é muito procurado para uma possível transformação em clube-empresa. No futebol brasileiro, vale lembrar, além do exemplo citado do Botafogo, em processo de aquisição pela Eagle Holding, de John Textor, o Cruzeiro também seguiu o mesmo caminho com Ronaldo. Ainda assim, a mudança não interessa Duilio.
"Muito, sempre, todos os dias aparece alguma grande empresa, fundos de investimentos interessados no Corinthians. Que o Corinthians é sonho de consumo. Mas temos buscado trazer esse dinheiro para dentro com outras parcerias, outras possibilidades de retorno, sem ter que vender participação de clube", contou Duilio.
Além disso, o presidente deu explicações sobre o andamento das negociações com a Caixa para a quitação do financiamento da Neo Química Arena. No início de janeiro, cabe lembrar, Duilio confirmou a existência de um acordo verbal. De acordo com o Meu Timão, existe a possibilidade do clube pagar a primeira parcela somente em 2023.
"O Corinthians ficará, aproximadamente, com, no mínimo, 50% da receita até que se pague o estádio. Por isso a necessidade de gerar cada vez mais receitas. Os naming rights vão direto para a Caixa Econômica Federal, o pagamento é direto. Fica uma parte menor para o Corinthians, e a ideia é que a gente pague em 17 anos", iniciou.
"Esse é um ponto que a gente vem conversando, é um acordo que vem sendo feito há dois anos, teve pandemia, voltamos a ter público agora. Com os números de hoje, só pensando em dias de jogos, 50% iriam para pagar as prestações. A casa do Corinthians é espetacular. Temos um estádio maravilhoso, até exagerado de conforto e luxo, mas é a casa da Fiel. Temos trabalhado muito para funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana. Não só um jogo de futebol", finalizou.