Muito antes de o Corinthians demitir Fábio Carille ou se acertar com Tiago Nunes, o treinador do dava pitacos sobre o Timão e um eventual sucessor do então técnico alvinegro que carrega no currículo o tricampeonato paulista e o Brasileiro de 2017.

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Em entrevista concedida à rádio Transamérica via telefone, em 24 de setembro, há 42 dias, Tiago Nunes foi questionado sobre comparações que, na época, já eram feitas entre seu trabalho no Athletico e o de Fábio Carille no Corinthians.

"Eu já fui tantas vezes demitido, já perdi tantas vezes, já fui tantas vezes chamados de burro. Vivemos uma vida bandida, você é chamado de herói num dia e bandido no outro", iniciou, antes de falar efetivamente sobre Carille, Corinthians e as próprias comparações.

"O Carille fez um baita trabalho no Corinthians. O cara que assumir depois dele vai ter dificuldade, porque o Corinthians tem uma identidade de jogo dentro do Tite, do Mano (Menezes), o Carille deu sequência. É uma identidade vencedora. Os caras ganharam um monte de coisa. 'Ah tem que mudar, não sei o quê'. Pô, os caras estão ganhando há um tempão. De verdade, acho que para trabalhar no Corinthians tem de ser diferente. É uma pressão danada, um dos maiores clubes", discorreu o então (e ainda) técnico do Athletico.

Especificamente sobre as comparações, Tiago Nunes evitou se colocar acima ou abaixo de Carille. No entendimento do técnico gaúcho, há uma "questão de momento" para analisar qual trabalho mais se encaixa a um projeto A ou B.

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"Para mim o Carille é um baita treinador. Qualquer comparação é ruim porque alguém vai perder. É momento, tudo é momento. Para mim não tem treinador melhor que outro. É coisa que dá certo naquele momento", analisou o atual campeão da Copa Sul-Americana (2018) e da Copa do Brasil (2019).

E é justamente essa "questão de momento" que norteou a diretoria do Corinthians na contratação de Tiago Nunes como substituto de Carille. O entendimento é de que é hora de o Timão deixar para trás a filosofia de jogo excessivamente pragmática que vinha sendo desenvolvida por seu ex-treinador. Adepto de um futebol mais ofensivo, o ainda comandante do Athletico-PR é visto por Andrés Sanchez & cia. como nome ideal para tal mudança.

Corinthians no futebol de botão

Durante a entrevista à rádio, Tiago Nunes teve oportunidade de conversar com o ex-goleiro e hoje comentarista esportivo Ronaldo Giovanelli. Um dos maiores ídolos do Corinthians, ele era também peça-chave no time de futebol de botão dos tempos de infância do treinador.

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"Ronaldo sou fanzaço, era meu goleiro no time de futebol de botão. Tinha meu time do Corinthians e não perdia de ninguém na rua", declarou Tiago Nunes.

Questionado sobre um boato que circulava na época a respeito de eventual vínculo de infância de Tiago Nunes com algum clube paulista, o treinador negou - mas não deixou de repetir suas histórias do time de futebol de botão do Corinthians.

"Se alguém quiser me levar para aí (São Paulo) não me procurou ainda. Pode me ligar, passa meu número para o cara aí. Tirando a brincadeira, não tem nada, não", comentou.

"Aquele time campeão paulista pelo Corinthians com Henrique, Célio Silva, Elivélton, Zé Elias... Zé Elias era meu capitão mas não passava do meio no meu futebol de botão. São times que ganharam e marcaram. Sou apaixonado por futebol", finalizou.

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