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Taça do Mundial? Marmita? Diretor financeiro do Corinthians esmiúça imbróglios e rechaça culpa

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Réplica da taça do bicampeonado do Mundial de Clubes da Fifa segue no Parque São Jorge

Réplica da taça do bicampeonado do Mundial de Clubes da Fifa segue no Parque São Jorge

Divulgação

O torcedor corinthiano foi impactado recentemente com duas notícias que envolveram pendências financeiras do clube. Dois imbróglios que trouxeram desgaste à imagem do clube devido ao envolvimento da taça do bicampeonato mundial e de uma suposta falta de pagamento de marmitas para a concentração da base.

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Durante a entrevista concedida ao Meu Timão, os dois temas foram abordados pela reportagem. E não ficaram sem resposta. Matias Antonio Romano Ávila, diretor financeiro do clube, explicou com detalhes como se deu cada um dos imbróglios.

A começar pela penhora da taça do Bicampeonato Mundial da Fifa, que fez o Corinthians se pronunciar em entrevista coletiva naquela ocasião.

"Está resolvido. Foi feito um acordo judicial, onde o Corinthians paga por mês. Essa dívida é com a massa falida, a (Faculdade) Santanense já foi vendida, já foi resolvido esse problema. No fundo, isso é uma falácia. A taça que está aqui não é a original, ela fica em Munique (ALE)", afirmou Ávila, que na sequência contou como tudo aconteceu. Em detalhes.

"Nós tínhamos uma ação contra a Santanense e a Santanense tinha uma ação contra o Corinthians. Eles ficaram dez anos aqui dentro. Essa diferença entre as ações dava algo em torno de 2 milhões e pouco de reais. Nós queríamos pagar a Santanense, mas o instituto não podia receber porque ela tinha reclamações de crédito, inclusive da Prefeitura. Se a grana entrasse, alguém tomaria o dinheiro antes de receber. Pediram para não pagar. Eles estavam voltando para a mídia (fazer publicidade) e queriam fazer um patrocínio compatível ao valor. Consultamos o nosso Departamento Jurídico, que nos orientou a não aceitar esse tipo de acordo. Seria dar um drible, seria ajudar um devedor a resolver uma pendência. O advogado que queria receber o dinheiro, buscou a penhora para receber a parte dele. Ele também não pegou porque, assim que caiu o dinheiro, o juiz bloqueou. Então, fizemos um acordo para pagar em X parcelas. Se o advogado vai ganhar a parte dele ou não, isso não é problema nosso. Fizemos um acordo judicial para pagar. A taça não está aqui, está em Munique. Aqui tem a réplica, sem nenhum valor. Questão mais moral. Os interesses a gente não pode medir".

Alojamento da base para quem é de fora de SP fica próximo ao Parque São Jorge

Alojamento da base para quem é de fora de SP fica próximo ao Parque São Jorge

Reprodução/Internet

Na sequência, o diretor financeiro foi questionado pelo Meu Timão sobre a suposta dívida com a empresa que forneceu marmita à concentração da base. O assunto, que viralizou nas redes sociais pelos rivais corinthianos, também foi explicado por Ávila.

"Tínhamos um fornecedor de comida para a base, onde ficam nossos garotos no Tatuapé. Esse cara começou a piorar o serviço e resolvemos trocar. Fizemos um acordo para pagar. Quando? Em janeiro do ano passado. Pedimos que ele apresentasse a nota. A nota não era do contrato. Dissemos que, dessa forma, não pagaríamos. E depositamos em juízo. O cara apresentou em maio, tempo que ele precisou para regularizar a situação. Ele pediu a correção do valor, uma diferença de pouco mais de mil reais, de R$ 1,4 mil. Como assim? O dinheiro já estava depositado, em juízo. Ele entrou na Justiça por causa de R$ 1,4 mil. E a juíza mandou pagar porque é o Corinthians. Aí surge a manchete "o Corinthians não paga as marmitas". Vai explicar isso num jornal? O problema era com a empresa dele, não com a gente. E mesmo assim o cara resolveu processar. É difícil explicar isso para a mídia, tornar isso claro. Não é tão simples", garantiu.

Dívida total do clube

De acordo com Matias Antonio Romano Ávila, diretor financeiro do Corinthians, a dívida do total do clube deve ser quebrada pelo valor negociado com o Governo Federal, por meio do Profut, e se torna bastante administrável quando se trata de um clube com arrecadação na casa dos R$ 500 milhões.

"A dívida fechou (em 2018) em 475 milhões, dos quais 260 milhões é para ser paga em 20 anos, que pagamos R$ 800 mil por mês (parcelamento). Dentro do Profut. Clube arrecada 500 milhões de reais, você tem uma dívida de curto prazo que é essa diferença (R$ 210 milhões)... temos uma dívida de R$ 85 milhões até final de 2020, que é pequena, perante ao tamanho da nossa arrecadação. O Corinthians tem comprometida a arrecadação de bilheteria, nosso orçamento está 'caucado' na venda de direitos de TV e na venda da marca, além dos patrocínios, etc. Contratamos muita gente, mas têm muitos contratos vencendo até o fim do ano", finalizou.

Veja mais em: Base do Corinthians e Diretoria do Corinthians.

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