Willians rechaça dispensa do Corinthians e esclarece bate-boca com torcedor
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Por Meu Timão
Dispensado do Corinthians antes mesmo do término do Campeonato Brasileiro, quando seu contrato de empréstimo chegaria ao fim, o volante Willians quebrou o silêncio. De volta ao Cruzeiro, clube ao qual está vinculado até dezembro de 2018, o jogador lamentou o modo como deixou o Timão, criticou a diretoria alvinegra e disse não ter se arrependido da famosa bermuda verde, estopim de um bate-boca entre ele e um torcedor na porta do CT Joaquim Grava.
“Foi bom para ambas as partes. Eu não queria ficar lá e o Corinthians também achou melhor me afastar. Não levo mágoas. Como disse, foi um aprendizado. Espero que o Corinthians possa ganhar títulos em 2017 e eu possa voltar a atuar muito bem pra poder dar novo prazo à minha carreira”, opinou Willians em entrevista à Rádio Globo.
Questionado se havia outros motivos para ter sido afastado do elenco – há quem defenda que o atleta ficou em débito com a direção pelos consecutivos atrasos a treinamentos –, Willians foi sincero. “Foi mais o episódio mesmo. Pra calar um pouco a boca da torcida, eles acharam que podiam fazer isso. Mas foi tudo respeitado, tudo conversado, então foi tranquilo”, acrescentou.
O volante, contratado para suprir a saída de Ralf para a China, disputou apenas 27 jogos pelo clube, 12 deles como titular. Ainda assim, jamais caiu nas graças da torcida, que o vaiou em mais de uma oportunidade. Para o meio-campista, que ganhou fama de “baladeiro”, faltou respeito.
“Nunca ninguém me viu na noite, em São Paulo nem saía, sou um cara casado, tenho filhos e esposa. Respeito muito eles, por isso nunca saiu nada meu. Quem tem boca fala o que quer, respeito também os torcedores, mas têm que me respeitar porque sou um cara de família. Espero que os torcedores possam ir nos estádios e comemorar junto com a torcida do Corinthians”, declarou Willians, que recordou sua discussão acalorada com um torcedor horas antes de ser dispensado do Timão.
“Não me arrependi, acho que cada um tem seu estilo de vida. Esse negócio de bermuda, de verde, isso já passou, já acabou. Mas acabou se promovendo através disso. Quando você está dentro do seu local de trabalho, você tem que ser respeitado. Ele me desrespeitou. Disse simplesmente: ‘agora você pode me cobrar’. Eu não falei nenhum palavrão, sou um cara respeitador. Acabou acontecendo essas coisas, mas é o futebol. Vivendo e aprendendo”, finalizou.