O Corinthians do primeiro semestre não tinha estrelas no ataque. O que se apresentava de melhor? Bons zagueiros, velozes e com bom passe, e dois laterais com força ofensiva.

TODO MUNDO sabia que o elenco se mostrava promissor a jogar com três zagueiros. Mancini, que só sabia jogar no 4-2-3-1, relutou até o fim do primeiro turno do Paulistão. Depois de tomar as sapatadas do Peñarol, lançou João Victor, Raul e Piton no time titular. Bom jogo contra o SP, vitórias tranquilas contra times de nível mais baixo (que precisa ser citado, já que sofremos com Retrô e River-PA) e derrota para o Palmeiras que culminou com a queda do técnico. Com sequência, aquela formação com certeza teria dado mais frutos do que foi o 'novo' Corinthians do 1 turno do brasileiro. Sylvinho chegou e fez tudo novo.

Chegaram os reforços e os grandes valores não estão mais na defesa. Estão no ataque.

De novo temos um técnico comendo mosca. Sylvinho está há 29 jogos abraçado com o 4-1-4-1 e não demonstra saber fazer outra coisa. Talvez a lembrança dele seja a do Corinthians-2015 e Brasil-2018. Mas falta um Elias ou um Paulinho, volantes com poder de marcação e característica rompedora. Falta um Ralf ou um Casemiro, que garantam a segurança entre linhas. Falta um Jadson ou um Coutinho, que armam de fora pra dentro, abrindo caminho para a passagem do lateral.

Renato tem força física e categoria pra ser aquele meia que quando os atacantes abrem, consegue fazer um pivô e virar um falso 9. Giuliano distribui muito bem o jogo e sabe jogar muito aparecendo na entrada da área. Guedes é veloz, mas gosta de orbitar a área.

O que mais se precisa pra ver que o time tem as peças ideais para um 4-4-2? Aquele clássico.

Planta o Xavier de primeiro homem e bota até o Cantillo mesmo de segundo. Renato e Giuliano no meio sem essa obrigação gigantesca de marcar. Guedes e GP na frente. Fagner e Piton nas laterais mais soltos, tem dois volantes para proteger agora.