Luxemburgo pode estar ultrapassado no quesito treinador (Apesar de achar que o trabalho dele foi menos pior do que o do Mano Menezes, mas não quero fugir do tópico) mas ele dizia algo que ao meu ver explica muito a decadência do futebol brasileiro (seleção) em relação a Europa.

O futebol se tornou muito tático e físico e a técnica foi muito focada em passes e chutes.

Porém um dos recursos mais primordiais do futebol acabou ficando pra trás: O DRIBLE.

E uma coisa que o Luxa falava é fato: a competitividade do futebol tirou um pouco da alegria dos jovens ao jogar.

Se tem campeonatinhos de escolinhas de futebol (molecada) a gente não vê tanto jogadores driblando.

Se criou uma mentalidade de que o jogador que quer driblar é fominha, não sabe jogar coletivamente. Quer resolver sozinho. Essa mentalidade é tão forte que até jornalista do Meu Timão criticou o Wesley por ter uma postura fominha certas vezes.

Mas a verdade é que foram de um extremo (jogadores fominhas que tentam driblar a todo custo) para o outro (jogadores que nunca tentam um drible, só tocam e correm pra receber).

Dribles quebram esquemas de marcação. Quando um jogador habilidoso consegue driblar um jogador com objetividade (indo pra frente) ele tem uma possibilidade muito grande de desmontar toda a marcação do adversário. O drible é um recurso que precisa ser usado com inteligência.

E aí que entra o Wesley - ele tem este recurso. Um recurso que está em falta. O de encontrar espaços para driblar os adversários. Talvez ainda falte maturidade pra que ele use isto com mais sabedoria, objetividade. E isso vai vir com o tempo.

E que o futebol brasileiro possa recuperar este recurso para voltar a ser grande novamente no cenário de seleções.