Onde O Ralf é Ídolo e A Humildade Prevalece
Opinião de Sarah Tonon
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Pra início de conversa: eu gosto de usar esse espaço de coluna para escrever com o coração. E, desta vez, a Sarah clubista, corinthiana e fã do Ralf vai se manifestar. Se você é fã deste cara como jogador, tenha certeza que será ainda mais ao fim desta coluna.
Ralf costuma personalizar suas fotos de momentos marcantes no Instagram com localizações criativas e específicas. E, se tem uma localização que caracteriza o dia em que conheci o camisa 5, essa do título é a ideal.
Eu e Lucas Faraldo fomos ao CT Joaquim Grava nesta terça para gravar uma exclusiva com o nosso camisa 5. Não costumo visitar o CT com tanta frequência então, pra mim, é sempre um evento! Fico ansiosa e tudo mais. Aí você adiciona o elemento "conhecer e entrevistar o Ralf" e pronto, expectativa de dia incrível lá no alto. Sempre o tive como um ídolo, pela sua dedicação dentro de campo, garra, raça e amor à camisa. Como seria, então, poder conhecê-lo?
Achei melhor não pensar muito nisso. Pois, desde o início da minha carreira no mundo esportivo, tive que aprender a ser mais profissional do que apaixonada. Deixar clubismo de lado, deixar meus ídolos de lado. Bastava agir como se fosse um dia normal de trabalho.
A gravação seria logo após o treino. Preparei a sala, os equipamentos e o coração alvinegro. Ralf treinou com os titulares em campo separado, ao lado de Oya. Fiquei analisando eles dois ali, com histórias tão diferentes e ao mesmo tempo tão semelhantes. Diferentes na idade, postura, perfil e habilidade. Semelhantes no fôlego, na vontade e dedicação.
Fim do treino. Ralf caminha para nos encontrar. Meiões baixos, mostrando as tatuagens e as marcas da idade. Camisa suada, mostrando marcas de anos de trabalho e dedicação. Educado e tranquilo, nos cumprimentou e sentou ao lado da taça do mundial, que fica ali disposta no CT.
Pouco mais de 20 minutos de bate-papo. Conversamos sobre tudo: os números incríveis de sua carreira, sua relação com a torcida, elenco, treinador, sobre sua vida, títulos e sonhos. Ralf abriu o coração com uma humildade que todos deveriam ter, que todos deveriam conhecer.
Mais do que as estatísticas impecáveis, os recordes batidos, os anos de Corinthians e os títulos conquistados, Ralf tem algo ainda mais valioso: a humildade. Mais do que um exímio jogador e ídolo do Corinthians, Ralf mostrou ser uma pessoa ainda mais incrível. Alguém que vale à pena admirar.
Ralf é ídolo de crianças que têm, em idade, a mesma quantidade de anos que Ralf tem de Corinthians. Ralf é ídolo de adultos, adolescentes, corinthianos ou não. Ele é o ídolo da sua família, amigos e até companheiros de clube. Sabe o que o volante mais gosta de fazer após os treinos? Jogar baralho com os roupeiros, massagistas e toda a galera que também dá o sangue pelo Corinthians no seu dia a dia.
Pode ter gente que não acredite mais no futebol do Ralf. No seu desempenho dentro de campo, na sua capacidade física, na sua força de vontade ou na sua ambição por mais conquistas. Mas a minha opinião é que Ralf é daqueles jogadores que, se não entram em campo, fazem uma falta na equipe. Repare nisso. Ele é daqueles que precisa estar dentro e fora de campo sempre, pois ele se tornou essencial para o Corinthians. Nos bastidores, no vestiário, no elenco e no esquema tático. Precisamos do Ralf, aliás, precisamos de mais Ralf's.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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