O Corinthians é o Brasil na Copa (e vice-versa)
Opinião de Roberto Gomes Zanin
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A seleção brasileira que busca o Hexa tem a marca do Corinthians.
A maior prova é que os antis mais fanáticos ficaram possessos quando Fagner foi convocado.
Aliás, que falta fez o lateral nesses últimos jogos do Brasileirão...
Firme (não violento como pintam) na marcação e consciente no apoio, merece ser titular. Danilo não me inspira confiança.
A escolha de Cássio também irritou as viúvas de Vanderlei e de outros menos cotados.
Quem está do lado bom da força sabe como o goleiro do Timão cresce em jogos importantes.
Deverá não jogar, mas Tite sabe (Yokohama que o diga) que pode confiar no gigante.
Se temos dois que vestem (por enquanto, não sei depois da Copa) nossa camisa, temos um exército de corinthianos de carteirinha no grupo que está na Rússia.
Marquinhos é cria da nossa base, fez parte do grupo campeão da Libertadores e é corinthiano de berço.
Paulinho, autor de um dos gols que mais eu gritei na vida (aquele contra o Vasco), é um dos destaques da equipe.
William é do terrão e sempre que está por aqui, vai com o pai torcer pelo Timão, na Arena.
Renato Augusto foi campeão com nossa camisa.
Firmino é corinthiano doente, que acompanha o time e quer um dia jogar no Timão.
E o responsável pela ressurreição do nosso escrete, Tite, é mais um treinador que sai do Corinthians para a seleção.
Nesse clima, li o livro “Biografia da Copas", do jornalista, apresentador do Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Thiago Uberreich (corinthiano, aliás).
O amigo fez um trabalho primoroso, que reúne, em 20 capítulos, (um para cada Copa), tudo o que acontecia na época de cada torneio. Política, História e, claro, fichas completas dos jogos do Brasil, além de um resumo das demais partidas.
Afinal, se eu tentar lembrar do que eu fiz nos meses de junho em anos sem Copa, não lembrarei. Mas sei exatamente onde estava em 82, 86, 90, 94, 98, 02, 06, 10 e 14.
Descobri com Thiago, por exemplo, que o primeiro jogador brasileiro campeão mundial era do Corinthians: Amphilóquio Guarisi, o Filó.
Descendente de italianos, foi campeão com a Itália, dona da casa em 1934, já que naquela Copa os "oriundi" reforçaram a Azurra.
Resumo da ópera: o Timão cedeu o primeiro campeão. Quem sabe essa seleção de 2018, com o manto alvinegro por baixo da amarelinha, não conquiste a sexta estrela?
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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