Que gostoso! Tá sentindo aí também?
Opinião de Lucas Faraldo
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Fazia tempo, em Fiel?
O Corinthians está longe de jogar um futebol técnica ou taticamente brilhante. Mas já me parece surpreendente, no intervalo de apenas uma semana, o time ter mudado tanto (e ao mesmo tempo tão pouco) com a troca de Fábio Carille por Dyego Coelho.
Quem sente a novidade na pele é a Fiel.
Foram atuações convincentes contra Fortaleza e Palmeiras. Dois jogos em que o Corinthians não abdicou de jogar, lutar e, dentro de suas limitações, insistir no ataque. Não à toa esse início de semana livre para treinos vem acompanhado daquele cheirinho de "quero mais".
Fazia tempo que o torcedor não sentia saudade do Corinthians. E agora é esse o sentimento até o longínquo domingo, data do jogo contra o Internacional. Isso passa diretamente pelo futebol agradável que comissão técnica e jogadores propõem (ou deixam de propor) à Fiel.
Quando criticávamos o trabalho de Fábio Carille nessa segunda passagem pelo clube, era basicamente essa a tecla batida com frequência. Não dava para não brochar: se matar para vencer a Chapecoense por placar mínimo? Sair de campo satisfeito com um empate com o Avaí por se tratar de um jogo fora de casa? Tratar com naturalidade uma derrota para o CSA?
O Corinthians estava jogando um futebol chucro. Do dicionário Michaelis:
chucro
chu·cro
adj
1. Diz-se de animal, especialmente cavalo, burro, boi etc., que não é domado ou domesticado; bravio, selvagem.
2. Diz-se do indivíduo sem instrução ou traquejo.
3. Que reage com estranhamento ou que se assusta e se esquiva face a pessoas ou em situações desconhecidas.
Como relatado acima, isso mudou sem muito tempo para treinar. E sem a necessidade de um técnico cheio de repertório aparecer - diria que Coelho é um bom treinador em potencial.
Foram, afinal, mudanças simples as responsáveis por essa significativa alteração de ânimo da torcida: a óbvia definição de Boselli como centroavante titular, a óbvia superioridade ao menos por ora de Janderson em relação a Clayson, o óbvio entendimento de que Pedrinho é meia e não ponta... E o óbvio do óbvio: o objetivo máster no futebol é buscar o gol!
Há também o óbvio peculiar ao Corinthians (e que muita gente parecia ter esquecido mesmo de dentro... do Corinthians!): intensidade e vontade em qualquer lance, dividida, tentativa e até falha. Jogadores, comissão técnica e até dirigentes: sintam o Timão como a Fiel sente.
Já está gostoso sentir saudade do Corinthians, mesmo que não seja (e dificilmente será até o fim do ano) um suprassumo o futebol dos comandados de Dyego Coelho. Mas já é gostoso de ver, ouvir, lembrar, imaginar... Que gostoso sentir o Corinthians!
Tá sentindo aí também?
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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